Ficha técnica
Coordenação, Edição e Manutenção
Museu Nacional Grão Vasco/DGPC
Design e Desenvolvimento
Jorge Vila Nova Alves – DDCI/DGPC
Implementação e Apoio Informático
Joaquim Gonçalves – DTD
Apoio Informático
Joaquim Gonçalves – DTD
Gestão
Museu Nacional Grão Vasco
Acessibilidade
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Ligações
MINISTRO DA CULTURA
DGPC-Direção-Geral do Património Cultural
ORGANISMOS TUTELADOS PELA DGPC
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa
Museu de Arte Popular, Lisboa
Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa
Museu Monográfico de Conimbriga, Condeixa-a-Nova
Museu Nacional da Música, Lisboa
Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa
Museu Nacional dos Coches, Lisboa
Museu Nacional de Etnologia, Lisboa
Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra
Museu Nacional Soares dos Reis, Porto
Museu Nacional do Teatro, Lisboa
Museu Nacional do Traje, Lisboa
Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa
Palácio Nacional de Mafra, Mafra
Convento de Cristo, Tomar
Mosteiro de Alcobaça, Alcobaça
Mosteiro da Batalha, Batalha
Mosteiro de Jerónimos, Lisboa
Torre de Belém, Lisboa
ORGANISMOS TUTELADOS PELO MC
ADMINISTRAÇÃO DIRECTA
IGAC – Inspeção-Geral das Atividades Culturais
GEPAC – Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais
DGLAB – Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
DGARTES – Direção-Geral das Artes
DGCN – Direção-Geral de Cultura do Norte
DGCC – Direção-Geral de Cultura do Centro
DGCA – Direção-Geral de Cultura do Alentejo
DGCALG – Direção-Geral de Cultura do Algarve
BNP – Biblioteca Nacional de Portugal
ADMINISTRAÇÃO INDIRECTA
ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual
SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO
CP-MC – Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
CNB – Companhia Nacional de Bailado
TNSC – Teatro Nacional São Carlos
TNSJ – Teatro Nacional São João
TNDM II – Teatro Nacional D. Maria II
PARCEIROS
Associação Empresarial da Região de Viseu
Associação Comercial do Distrito de Viseu
Conservatório Regional de Música de Viseu
Diocese de Viseu – Departamento dos Bens Culturais
Escola Superior de Educação de Viseu
Instituto Politécnico de Viseu
Santa Casa da Misericórdia de Viseu
Liturgia e Devoção nos finais da Idade Média
As obras e os objetos reunidos neste núcleo permitem evocar alguns aspetos essenciais da arte e da religião no final da Idade Média. Progressivamente foi surgindo uma versão cada vez mais humanizada da representação divina, traduzindo uma relação mais próxima entre o Homem e Deus.
O humanismo e o sentido da autonomia do indivíduo, expressões de uma mudança sensível que atravessou a Europa a partir dos séculos XIII-XIV, traduziram-se num expressivo incremento da devoção a Maria e ao Cristo dos Evangelhos. Esta nova sensibilidade religiosa traduziu-se por uma série de representações inovadoras, consagrando, para além da incidência de temas marianos e cristológicos, um tratamento cada vez mais realista da forma.
Na escultura, o trabalho ainda esquemático e geometrizante da maioria dos exemplares em exposição, seja das mais antigas, em madeira, seja das de cronologia mais avançada, em pedra calcária, permite identificar uma aproximação ao realismo que se iria impor nos séculos seguintes, no período do Renascimento
Diáspora
A expansão portuguesa nos séculos XV e XVI permitiu pôr em contacto civilizações que se desconheciam, revelando uma enorme diversidade social e cultural à escala planetária.
Este encontro exprimiu-se em múltiplas facetas, desde a fé ao comércio. Permitiu um conhecimento generalizado de outros povos, de diferentes idiomas, ideias e costumes. Em parte, este encontro materializa-se na arte, que revela influências de diversas culturas.
A partir dos primeiros anos do século XVI chegam a Portugal um elevado número de objectos raros, peças de recordação e de uso devocional (como as pequenas imagens de oratório) e outras de uso doméstico (como é o caso do mobiliário, têxteis, porcelanas e outros).
Feita por artistas locais, integrando técnicas e gostos nativos com modelos ocidentais, esta arte é o resultado da fusão de elementos culturais muito distintos.
Embora o número de objectos expostos nesta sala seja relativamente reduzido, são contudo referências importantes para compreender a presença de Portugal no Mundo e os processos de influência entre os povos.
Artes Decorativas
Pese embora as necessárias diferenças no que ao uso e no que ao valor material diz respeito, as peças da coleção de cerâmica partilham com as de ourivesaria o mesmo espaço expositivo. À parte, a ourivesaria sacra trata-se, na maioria, de objetos eminentemente utilitários.
A coleção de cerâmica, uma das mais numerosas e diversificadas deste museu, constitui a expressão visível do colecionismo português de finais do século XIX e primeiras décadas do século XX. Das peças de produção nacional, destacamos a presença de uma talha da primeira metade do século XVII, de faiança, a sua exemplaridade releva tanto da sua estrutura formal, como do figurino decorativo.
Os exemplares de porcelana oriental de diversa tipologia aqui expostos são peças emblemáticas do muito apreciado exotismo, seja pela sua decoração, seja pela beleza da sua matéria.
Neste espaço apresentam-se ainda diversos exemplares de mobiliário, dos séculos XVII a XIX, provenientes de distintos ambientes: um armário louceiro, um contador, um paramenteiro, cómodas, duas cadeiras de aparato, entre outros.
Escultura do Barroco
A escultura presente nesta sala diz respeito às imagens de culto de pequena dimensão, destinadas a capelas e oratórios particulares. São obras que nos dão conta de uma religiosidade de carácter privado. São particularmente notáveis algumas peças escultóricas de pequeno formato desse período nas coleções do Museu.
No final do século XVI, e sobretudo nos séculos seguintes, a representação artística do corpo humano ganha um maior dinamismo, movimento, monumentalidade, carga emotiva e dramatismo. Estas particularidades são visíveis nas expressões dos rostos, nas poses e no tratamento dos trajos. Estas são também características do estilo “Barroco”, que se expressam de igual modo nas personagens bíblicas como aquelas que estão representadas nesta sala.
Columbano Bordalo Pinheiro
Da obra de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) sobressai a sua faceta de retratista da sociedade burguesa da época. Pintou personalidades do meio político, literário e artístico, mas dedicou-se também à pintura histórica, às naturezas-mortas e à pintura decorativa.
Os primeiros anos da sua formação foram feitos no âmbito familiar, com o seu pai, o pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro, e seus irmãos. Estudou pintura na Academia de Belas-Artes de Lisboa onde foi discípulo de Tomás da Anunciação, Miguel Lupi e Simões de Almeida. Foram-lhe atribuídos diversos prémios nacionais e teve, ainda em vida, reconhecimento internacional. Foi professor na Escola de Belas-Artes de Lisboa e director do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
A sua obra expressa valores de uma modernidade que só mais tarde viria a ser explorada.
Do acervo do Museu Nacional Grão Vasco fazem parte 55 obras de Columbano, divididas entre 29 pinturas a óleo, 24 desenhos e 2 aguarelas. A colecção foi constituída através de aquisições, mas também de doações de Emília Bordalo Pinheiro, viúva do pintor.
Já em 1931 o primeiro director do Museu, Francisco de Almeida Moreira, organizou uma sala dedicada ao artista com o objectivo de mostrar as suas obras e homenagear o mais importante vulto da arte nacional do seu tempo.
Do conjunto exposto nesta sala destaca-se a obra No Meu Atelier, um expressivo auto-retrato que merece a classificação de Tesouro Nacional. Salienta-se também a grande tela Camões e as Tágides.