Vidro

A constituição desta coleção é na sua maioria de objetos de uso doméstico de meados do século XX, produzidos nas fábricas da Marinha Grande, que conjugam formas inovadoras e de inúmeras tonalidades.

Destaque para as peças de Jorge Barradas (1897-1971), datadas de 1930, produzidas na Marinha Grande, que acompanham uma tendência de reprodução e recriação de motivos portugueses, que já vinha sendo desenvolvida desde o início da década de 1920. Entre muitos outros artistas, a decoração do vidro pintado a esmalte, produzido na Marinha Grande, durante as décadas de 1940 e 1950, refletiu precisamente essas temáticas, evocando tradições regionais e nacionais através de aspetos do artesanato e do folclore de Portugal.

Seguindo de perto as técnicas de decoração dominantes nas fábricas da Boémia, as fábricas portuguesas adotaram uma enorme variedade de esmaltes coloridos na decoração das suas peças a partir da década de 1940. São escassos os exemplares na coleção, que surgem, de acordo com a exuberante gramática decorativa da Art Déco