Da obra de Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929) sobressai a sua faceta de retratista da sociedade burguesa da época. Pintou personalidades do meio político, literário e artístico, mas dedicou-se também à pintura histórica, às naturezas-mortas e à pintura decorativa.
Os primeiros anos da sua formação foram feitos no âmbito familiar, com o seu pai, o pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro, e seus irmãos. Estudou pintura na Academia de Belas-Artes de Lisboa onde foi discípulo de Tomás da Anunciação, Miguel Lupi e Simões de Almeida. Foram-lhe atribuídos diversos prémios nacionais e teve, ainda em vida, reconhecimento internacional. Foi professor na Escola de Belas-Artes de Lisboa e director do Museu Nacional de Arte Contemporânea.
A sua obra expressa valores de uma modernidade que só mais tarde viria a ser explorada.
Do acervo do Museu Nacional Grão Vasco fazem parte 55 obras de Columbano, divididas entre 29 pinturas a óleo, 24 desenhos e 2 aguarelas. A colecção foi constituída através de aquisições, mas também de doações de Emília Bordalo Pinheiro, viúva do pintor.
Já em 1931 o primeiro director do Museu, Francisco de Almeida Moreira, organizou uma sala dedicada ao artista com o objectivo de mostrar as suas obras e homenagear o mais importante vulto da arte nacional do seu tempo.
Do conjunto exposto nesta sala destaca-se a obra No Meu Atelier, um expressivo auto-retrato que merece a classificação de Tesouro Nacional. Salienta-se também a grande tela Camões e as Tágides.